O conceito de “cidade” que temos hoje é algo que deve ser revisto, não só pela maneira de pensar quanto pela maneira de agir. Uma mudança de olhar é necessária para modificar conceitos pré-definidos e realidades confundidas. Segundo artigo publicado na revista Summa + (Ed. 115 – Junho/2011): “As próximas cidades líderes serão aquelas capazes de incrementar sua economia, sem aumentar a sua superfície, construindo sobre si mesmas a fim de preservar a natureza que as rodeia.” (p. 96)
A partir disto, entender que a reciclagem urbana ou que a ocupação de um patrimônio, com uso adequado, facilita sua conservação, possibilita a reintegração do bem à vida da comunidade e ainda mostra que sua trajetória histórica é essencial para promover identidade e buscar uma nova reintegração com a cidade contemporânea, faz da nova concepção de cidade algo capaz de mudar a maneira de pensar das pessoas.
A fim de satisfazer as demandas da cidade atual e seus habitantes, o patrimônio então se tornou um valioso ativo que se deve tentar conservar e acrescentar como principal estratégia de preservação e sobrevivência do acervo popular, já que hoje o edifício, em geral, aceita distintos tipos de intervenções.
Assim o objetivo é restaurar os componentes valorizados e, na hora de reabilitar, mostrar soluções para o momento presente utilizando respeitosamente os materiais, novas linguagens e tecnologias que agreguem valor ao edifício, estes são métodos utilizados que valorizam o bem e atendem às práticas contemporâneas.